Como a alimentação pode ajudar no tratamento da endometriose

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A endometriose é uma doença ou “distúrbio” caracterizado pelo crescimento de tecido semelhante ao endométrio fora do útero. A doença é dependente do hormônio estrogênio e geralmente se manifesta depois da menarca ou na Peri menopausa. A ocorrência da doença é mais comum em mulheres com idade entre 25 e 35 anos, provocando dor e inflamação e é comumente confundida com outras patologias.

Estudos sugerem que a Teoria da menstruação retrógrada explicaria seu acometimento. Mas o que seria essa teoria? A menstruação retrógrada acontece quando o fluxo sanguíneo reflui e cai no peritônio ou paredes peritoneais, levando fragmentos do endométrio que se aderem fora da cavidade uterina e causam a inflamação. Este tipo de menstruação é muito comum e pode ser observado em cerca de 90% das mulheres, e pode ser explicado pelos seguintes fatores: ambiente endócrino e metabólico favorável, imunidade alterada e respostas inflamatórias exacerbadas em mulheres geneticamente susceptíveis.

A endometriose é classificada em 4 tipos, da mais leve a mais grave. Essa diferenciação se dá pela quantidade e localização das lesões, porem não há distinção de intensidade de dor, pois esse nível pode ser invariável, independente do nível da classificação.

Além das dores, que fazem com que as mulheres diminuam sua qualidade de vida, a endometriose pode levar muitas delas para um diagnóstico de infertilidade, pois pode interferir desde a formação do oócito até a ovulação e implantação. Outro fator que pode influenciar no processo de ovulação é o consumo de certos medicamentos, que podem inibir que ela aconteça.

A nutrição pode ser uma aliada minimizar os efeitos negativos da endometriose assim como auxiliar na prevenção da doença. Listamos alguns alimentos e nutrientes envolvidos na prevenção ou melhora de todo esse quadro de endometriose. Confira:

• O consumo de soja antes da menarca pode contribuir para o desenvolvimento de endometriose na vida adulta;

• A carne vermelha é uma das principais causadoras por conter em sua composição ácido araquidônico, que pode estimular todo um processo no nosso organismo e resultar em um aumento do estradiol. Como a doença e dependente desse estradiol as chances de desenvolvimento ou agravamento da endometriose são potencialmente maiores. A sugestão é que opte por carnes brancas, mariscos ou ovos na sua dieta.

• Dietas muito ricas em gorduras, aumentam o processo inflamatório e pode contribuir para o acometimento da doença;

• Restrições calóricas podem reduzir as lesões mesmo depois da endometriose estabelecida.

• Mulheres com endometriose tem maior risco de desenvolver a síndrome do intestino irritável, portanto é necessária uma atenção extra com a dieta rica em carboidratos fermentativos.

• Dietas sem glúten podem ser benéficas para a prevenção da doença;

• O consumo da vitamina D nos níveis ideais podem reduzir as chances de endometriose.

• A produção de melatonina em níveis ideais colabora como um modulador do sistema imunológico, portanto é extremamente importante a higiene do sono.

• Omega 3 agindo como um modulador do sistema imunológico e própolis em doses de 500mg por dia, diminuindo inflamação e mortes celulares.

• Ciclos de dietas Plant-based, restrição calórica, modulação intestinal e medicamentos anti-inflamatórios podem contribuir para a prevenção ou tratamento da doença.

É importante reforçar que o tratamento e prevenção da endometriose, assim como de outras doenças, deve ser feita sob a orientação e supervisão médica e de profissionais especializados.

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